2017

14 de Dezembro | Álvaro Fonseca

Pensar a natureza na cidade que-vai-sendo

Nasceu e viveu em Lisboa grande parte da sua vida. Após formação universitária em Eng.ª Química e Biotecnologia no Instituto Superior Técnico, enveredou por uma carreira académica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, onde foi docente e investigador na área da Microbiologia durante 28 anos. Interessa-se pela divulgação e discussão do conhecimento na área das ciências da vida, em particular temas relacionados com a evolução, a biodiversidade e a sustentabilidade. Preocupam-no a hegemonia da mercantilização, do consumismo, do individualismo e da vulgaridade na sociedade actual, em detrimento de valores como o altruísmo e a solidariedade e da promoção duma cultura de reflexão e de questionamento. É sua convicção que apenas cidadãos informados, conscientes e empenhados podem levar a cabo a transformação da sociedade no sentido da construção de caminhos que nos afastem do rumo de insensatez e insustentabilidade que temos vindo a trilhar. Na sequência de encontros e reflexões com pessoas de outras áreas do conhecimento, como a educação, a investigação artística e o activismo político, tem vindo a desenvolver acções em escolas e em espaços públicos ou associativos. Este percurso culminou com a rotura com a sua actividade académica por considerar que a universidade enjeitou o seu papel de intervenção activa na sociedade no sentido de encontrar os caminhos rumo a uma sociedade mais justa, solidária e sustentável, tendo-se deixado contaminar pelos valores dominantes da ideologia neoliberal, mercantilista e tecnocrática. Tomou parte de iniciativas de cidadania e de partilha de conhecimento, tendo participado no Movimento GerAções, na organização da Ajudada (http://www.ajudada.org/), e mais recentemente tem colaborado com estruturas de investigação artística: o c.e.m.-centro em movimento (http://www.c-e-m.org/) e o Museu da Crise (http://museudacrise.org/). Escreve sobre temas diversos da contemporaneidade no blogue http://transicao_ou_disrupcao.blogs.sapo.pt/.

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16 de Novembro | Aitor Varea

A arte de participar

Aitor Varea Oro (Valencia, 1981) é arquitecto (2008) e doutorado (2015) pela UniversitatPolitècnica de Valencia. A sua área de investigação é a construção política das formas e dinâmicas urbanas, bem como a relação que esta tem com a justiça espacial e com os processos de exclusão social. O fio condutor da sua atividade profissional é o envolvimento em processos de desenvolvimento de base comunitária, em colaboração com o tecido social, a administração pública e as instituições académicas. Um exemplo desta investigação-ação permanente é a sua tese de doutoramento, “La arquitectura delterritorio: los entramados sociales como herramienta de proyecto”, que parte de investigações participadas (El Cabanyal em Valencia e São Victor, no Porto) e tem vindo a ser formalizada a partir do programa Habitar Porto, implementado em 2015 através da Junta de Freguesia do Bonfim e, desde 2016, da de Campanhã. A sua atividade profissional inclui trabalhos como o Plan Especial de El Cabanyal  (Pelouro de Urbanismo, Câmara Municipal de Valencia, 2017), o Diagnóstico Social e Plano de Ação para a zona do Cerco e área envolvente (Departamento Municipal de Desenvolvimento Social, Câmara Municipal do Porto, 2016)  e o Levantamento e Caraterização das “ilhas” da Aru de Campanhã-Estação (Divisão Municipal de Reabilitação Urbana, Câmara Municipal do Porto, 2017).

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